segunda-feira, 26 de março de 2012

Último Reduto: um Sporting campeão?


Com Abril à porta, aproximam-se as decisões no futebol europeu. Para quem é apaixonado pelo jogo este é o melhor período do ano. E talvez também o que mais influência tem em cada um de nós: faça-se um estudo e perceba-se a influência da bola na baliza dos nossos humores.

Na Liga dos Campeões, o surpreendente Benfica faz esta semana o primeiro de dois jogos contra o Chelsea, depois de um sorteio que, não tendo sido “amigo” ao ponto de trazer a Lisboa Apoel ou Marselha, o coloca perante uma das grandes desilusões da temporada. Só a Champions pode salvar os londrinos de um ano desastroso – desportiva e financeiramente – depois do rombo Villas-Boas (custou cerca de 30 milhões de euros por 6 meses de trabalho). Jogando ao seu melhor nível, os da Luz ganham direito a sonhar.
A globalidade da opinião pública vaticina o regresso da taça a Espanha, com Barcelona e Real Madrid a cotarem-se como grandes favoritos à final de Munique. Com excepção de Bayern e Milan, os restantes outsiders não constituirão – à partida – verdadeira ameaça.

A Liga Europa é um caso bastante diferente. O duo de Manchester, candidatos primordiais à vitória final, quedaram-se pelos oitavos-de-final de uma prova que tem agora na imprevisibilidade o seu maior aliciante. No que a equipas portuguesas diz respeito, depois de uma temporada histórica com três equipas nas meias, sobra em 2012 um Sporting que espantou tudo e todos após derrubar os milhões do City – justa e superiormente, diga-se. Resta saber se esta é uma equipa capaz de manter os níveis exibicionais – e sobretudo motivacionais – frente ao Metalist, sob pena de poder infligir aos seus adeptos mais um grande amargo de boca. Em caso afirmativo, certamente que Portugal terá novamente uma equipa no top 4 da Liga Europa.

Em Portugal mora um campeonato com emoção até final. Benfica e Porto estão longe do nível exibicional e da regularidade de 2010 e 2011, respectivamente, e de Braga chegaram em pézinhos de lã os “Guerreiros do Minho”, prontos para a batalha pelo título. Numa equipa órfã de um treinador que saiu para Alvalade (onde também já não está) e com três jogadores dispensados pelo Benfica, joga-se bom futebol associado a resultados sólidos, levando a que possamos ter uma reedição do feito do Boavista de Jaime Pacheco no virar do século. Está claro que serão os jogos entre “grandes” a ditar as diferenças, o único papel de relevo que caberá ao Sporting.
Tal como se anunciava em Agosto, poderemos de facto ter um Sporting campeão. Só não equipa de verde.

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